Procuro conforto na minha própria solidão
Numa busca incessante sinto o ténue véu da ilusão
Cair como neve sobre uma alma carente
Ansiosa pelo calor de um sentimento displicente
Uma simples fagulha originaria um incêndio
De catastróficas proporções e importância relativa
Pois logo como tempestade em pleno estio
Voltaria a cruel carência fria e destrutiva
Que me mantém refém da minha paixão
Incapaz de reagir ao chamamento
Que ecoa nos meus sonhos com a desilusão
Que inapelavelmente me domina o pensamento!
Há sinais que se manifestam na penumbra instalada
Tentáculos desgovernadamente direccionados de sensação
Que me chamam ao proibido fruto da condenada
Nova onda que me inunda o coração.
Pois neste meu arquipélago da impossibilidade
De ilha em ilha vai o meu coração vogando
Perdida que está a bússola da felicidade
Resta-me o consolo de ir amando...
Mas nesta deriva totalmente descontrolada
Em que estou, incapaz de poder escolher
Ansio esperançosamente uma alvorada
Que suceda vitoriosamente a este anoitecer
E é na esperança de melhor futuro
Em que meras vontades utópicas não o sejam
Eu aguento este pensamento para mim tão duro
Em que não são meus os lábios que te beijam...
Se esta minha epopeia algum dia terminará
Só o tempo poderá finalmente responder
Nas asas de um sonho a felicidade chegará
E seja p'ra nós ou simplesmente para ti, sei que não irei sofrer...
Melancholic Soul
23/11/2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
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1 comentário:
é óptimo ler o que escreves.. espero k reencontres a bússola perdida..
bj*****
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