Contradições
Sentado no irrequieto chão
Penso na vida, penso em tudo, penso em ti
Na crueldade doce das circunstancias banais
Na transmissão intransmissível da tua mão
Na dor aguda de não estares aqui
No pensamento firme que o tempo contigo nunca é demais
Numa troca inconsciente de consciência
Num sopro de amor fundido num beijo
Uma alma aprisionada que pede clemência
Por não controlar o incontrolável desejo
Desejo do impossível infinito
Desejo de não separar o inseparável
De não destruir o indestrutível
Pois o amor não é uma coisa palpável
É um sentimento avassalador imperceptível
Excepto pela sintonia anacrónica dos amados
Que numa inconsciência consciente percebem
Que o frio agudo quando estão separados
Dá lugar á paixão ardente que indesejadamente querem...
Melancholic Soul
2005
